12 de jan. de 2018

Grupo político do Mato Grosso impede início da obra de linhão de energia para o Juruá



Ray Melo - Um grupo político do Estado do Mato Grosso, que representam a Mavi Engenharia e Construções Ltda, empresa que venceu a licitação para construção de uma linha de transmissão de energia para o Juruá, recebeu dinheiro antecipado, não esticou um palmo de cabo e teve o contrato rescindido pela Eletronorte, vem impedindo com ações judiciais a realização de uma nova licitação para realização da obra que resolveria a falta de abastecimento no interior do Acre. A denúncia é do deputado Luiz Gonzaga (PSDB).

Segundo Gonzaga, a obra era para ser concluído em 24 de janeiro de 2017. “A empresa fez um canteiro de obras e não pagou ninguém. Após várias reclamações e denúncias, a Eletronorte rescindiu unilateralmente o contrato. A Eletronorte tenta lançar edital para contratar nova construtora, mas a MAVI entra na Justiça e bloqueia. São 1.200 torres – 400 já estão armazenadas em Rio Branco, transformadores e reatores foram fabricados, mas todo esse material está parado por puro capricho dessa empresa de outro estado”, destaca.

O parlamentar informa que estaria pronto para ser lançado, mas se não houver interesse político da bancada federal do Acre para intermediar o litígio judicial, o início das obras poderá mais uma ser adiado e a população do interior do Estado continuará enfrentando o problema de racionamento de energia. “É necessária a união dos políticos do Acre. Não podemos deixar que políticos do Mato Grosso mandem aqui. Quem está sendo prejudicado é nosso povo. Se tivesse o linhão, não estava passando pelo problema de racionamento”, acrescenta Luiz Gonzaga.

Ele destaca que o licenciamento ambiental até o município de Feijó já está concluído e de Feijó a Cruzeiro do Sul o licenciamento está sendo trabalhado com os povos indígenas da região. “Tenho informações que os equipamentos fabricados estão armazenados na fábrica para não perderem a garantia. O linhão garante a interligação dos municípios do interior direto ao sistema nacional. Contaremos com uma subestação em Feijó e outra em Cruzeiro do Sul. A mobilização política é necessária para evitar maiores prejuízos”, diz Gonzaga.

A Mavi Engenharia e Construções Ltda estaria contando com o lobby de políticos influentes do Estado do Mato Grosso para tentar impedir a nova licitação. “Essa firma tem políticos poderosos que estão impedindo a nova licitação. Estou tornando essa questão pública para que nossa bancada federal entre em ação para impedir que os interesses do povoa acreano sejam decididos por grupos financeiros de outros estados. O prejuízo com o atraso da obra é grande, um exemplo recente é esse incêndio na termelétrica que deixou o interior no escuro”, finaliza Luiz Gonzaga.

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