4 de set. de 2017

Operação Midas bloqueia contas e sequestra patrimônio milionário ligado a Jackson Marinheiro



Marcos Venicios - A segunda fase da Operação Midas desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Acre (MPAC), em parceria com a Policia Civil e Tribunal de Contas, trouxe para olho do furacão mais uma vez o ex-diretor da Emurb, Jackson Marinheiro, apontado como o chefão de um esquema criminoso que visava saquear os cofres da empresa, que passou a ser comandada por ele a partir de 2011 e teve seu termino em 2016.

O juiz Flavio Mariano Mundim, da 4ª Vara Criminal de Rio Branco, autorizou a prisão de 18 pessoas supostamente envolvidas e enfatizou a importância de Marinheiro no esquema que teria lavado cerca de R$ 7 milhões até o momento, referente apenas a uma das supostas fraudes relacionada ao aluguel de maquinário . O curioso é que a situação de Marinheiro não ficaria restrita apenas a prisão. O magistrado determinou o bloqueio de contas e a sequestro de bens rastreados pelo Ministério Público de valor ainda incalculável que estão no nome de Jackson e seus familiares.

Entre os bens que estão sob responsabilidade da justiça, além dos valores contidos em conta corrente e poupança, constam quatro caminhonetes, fazendas, quase mil cabeças de gado, casas na capital e até mesmo um apartamento em Fortaleza (CE), este em nome do irmão de Marinheiro, Jefferson Marinheiro, apontado pelo Ministério Público, como suspeito da pratica de crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bem. A esposa de Jackson, Thayle Sena Dourado, segundo o MP, também é suspeita de praticar o suposto crime igual o cunhado, por ter em seu nome um veiculo Honda Fit e um imóvel no bairro Bosque. Durante o processo os dois devem continuar sendo investigados. O ac24horas teve acesso a lista de bens e divulga com exclusividade.

Confira a lista de bens sequestrados pela justiça em nome de Jackson Marinheiro e seus familiares.


NOME DOS ENVOLVIDOS

Na última sexta-feira, dia 1, data em que a 2ª fase da Operação Midas foi executada todo o Acre ficou curioso para saber os nomes das pessoas presas e encaminhadas ao presídio de Rio Branco. Durante a coletiva de imprensa, o Ministério Público resolveu não divulgar os nomes, mas o ac24horas disponibiliza com exclusividade a lista de empresários e servidores apontados pela investigação por fazerem parte do esquema.

Segundo o Ministério Público, as fraudes ocorriam na locação de máquinas e equipamentos e na compra de madeiras e cimento. Esses produtos eram pagos, “mas jamais entraram no estoque da Emurb”, disse em coletiva de imprensa o promotor de justiça Fernando Cembranel . Os empresários presos, que agiam com o grupo, emitiam notas fiscais acima dos valores.

A 4ª Vara Criminal de Rio Branco foi o responsável por mandar prender preventivamente além de Jackson Marinheiro Pereira, os servidores Jorge Ney Fernandes; José Carlos Silva Fernandes: Evaldo da Silva Fernandes; Franklin Roberto Gomes Queiroz; José Raimundo Braga de Moura; Osias Bezerra da Silva; Gerson Kennedy Costa e Silva e Maykon das Chagas Ferraz.

Já as prisões temporarias foram expedidas para os empresários Miguel Alves de Souza Júnior (JMG); Marcelo Mota de Souza (JMG); Erlando Mesquita Castro, conhecido por ‘piolho’ (da EM Castro); Júlio Alberto Costa de Faria (da Ferronorte); Carlos Alberto Gotardo(da Madeireira Construindo); Francisca Deyg Laura Paula Chaves (da Construtora Selva); Hitermayer Brasil dos Santos (da Construtora Brasileira; Maria Dina Mota de Souza (da Empresa AGS) ; Agostinho Alves de Souza (Sócio da AGS) e Rodrigo Chaves de Araújo, sendo este último solto ainda no sábado, 2, após seus advogados comprovarem que o jovem de 19 anos embora fosse sócio minoritário da empresa que prestava serviços para o órgão municipal, não tinha poderes de administração e gerência, além de também ser menor de idade e, portanto, inimputável conforme o Código Penal.

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