25 de abr. de 2017

Relatório da Emurb revela rombo acumulado de R$ 38 milhões




Um relatório divulgado no Diário Oficial do Acre revela dados preocupantes: a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco teve um prejuízo acumulado de R$ 38 milhões entre os anos de 2015 e 2016. Procurado pelo ac24horas, o diretor-presidente da Emurb, Edson Rigaud, explicou que o balanço reflete não apenas os últimos dois anos, mas sim há vários anos e salientou que sua gestão vem mantendo o pagamento de funcionários e fornecedores rigorosamente em dia.


O documento revela ainda que a Emurb chegou a ter apenas R$ 437, 96 em sua conta no banco. Ainda segundo o relatório, a empresa tinha uma dívida de R$ 7 milhões para quitar com fornecedores.

Além disso, o balanço demonstra que nos últimos três anos (2014, 2015 e 2016) houve prejuízo na empresa municipal, respectivamente, da seguinte forma: R$ 34,9 milhões; R$ 38 milhões; e 38,4 milhões. Entre 2015 e 2016, o prejuízo aumentou em R$ 142 mil.

Outro dado polêmico, mostra que a Emurb não construiu nenhum via estruturante em Rio Branco, nem mesmo participou de obras complementares. Isso demonstra que nos últimos anos a Emurb só atuou em operações de tapa-buraco. Em nenhum momento, contudo, o relatório técnico-contábil demonstra quando a empresa pública lucrou financeiramente.


O OUTRO LADO:


Diretor-presidente da Emurb, Edson Rigaud
Procurado por ac24horas, o diretor-presidente da Emurb, Edson Rigaud, explicou por meio de nota que desde quando chegou a empresa iniciou “ o processo de desalavancagem”.

“Desde outubro do ano passado o passivo da EMURB não aumentou. Todos os fornecedores e prestadores de serviço da empresa estão recebendo seus créditos rigorosamente em dia”, revela o gestor.

Rigaud revela ainda que a Emurb não opera em patamar superior ao de suas receitas  e enfatiza que a atual gestão está tomando providências para equacionar o passivo encontrado de gestões anteriores.

“Reduzimos o quadro de funcionários em ​aproximadamente 32% (trinta e dois por cento). Nos primeiros quinze dias de nossa gestão desligamos aproximadamente 200 (duzentos) colaboradores. Esta redução, somada a ajustes realizados na folha, nos propicia uma economia mensal de aproximadamente ​R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Incluídos os encargos patronais, que constituem 37,40% do valor bruto da folha e mantidas nossas projeções, esperamos ter uma economia anual na folha de pagamento na ordem de R$ 8.931.000,00 (oito milhões, novecentos e trinta e um mil reais)​, ​recursos indispensáveis para o equacionamento do passivo da empresa”, exemplificou Edson.

Ainda segundo o diretor da Emurb, a redução de custos atingiu inclusive a despesa de aluguel de máquinas e mais de R$ 423 mil por mês. “ Com os preços alcançados na nova licitação realizada essa redução de despesa será ainda maior, o que verificaremos a partir desse mês”.

“Reduzimos a despesa com locação de imóveis, medida que nos permite uma economia anual de ​R$ 242.844,96 (duzentos e quarenta e dois mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e noventa e seis centavos)​. Investimos na recuperação do nosso maquinário próprio e com isso pretendemos alcançar uma redução anual de despesa com aluguel de máquinas na ordem de ​R$ 1.226.699,40 (um milhão, duzentos e vinte e seis mil, seiscentos e noventa e nove reais e quarenta centavos)”, enfatiza Rigaud, que ainda informa que que a direção da empresa rescindiu contrato de prestação  de serviços com escritório terceirizado de contabilidade, medida que permite uma economia anual de R$ 142 mil. O gestor enfatiza ainda a redução drástica do consumo de combustível e demais insumos

“Enfim, estamos adotando todas as providências necessárias para garantir o equilíbrio fiscal da empresa. Conforme nossos dados estatísticos, até o momento estamos operando com uma redução do custo total da EMURB de aproximadamente 52% (cinquenta e dois por cento). Todos essas medidas foram detalhadamente explicadas ao Prefeito, à Controladoria e aos Conselheiros do Tribunal de Contas em Carta Anual de Governança Corporativa”, disse.

As atuais medidas  de austeridade adota  por Edson Rigaud,  já permitiram a quitação de aproximadamente R$ 10 milhões em dívidas acumuladas, “dados que não estão consolidados no balanço publicado, pois, repito, se referem a situação da empresa em 31.12.2016”, acrescenta o diretor, garantindo que a empresa honrará com todos os seus compromissos.

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