4 de fev. de 2017

Militar francês impede ato terrorista de muçulmano no Louvre



Rodrigo Constantino - O leitor leu minha manchete acima e, tenho certeza, já compreendeu 99% do que é relevante nessa notícia. Um militar francês foi atacado por um terrorista muçulmano a facadas no Louvre, reagiu e, felizmente, atirou no radical islâmico que gritara “Alá é grande” enquanto tentava matar o oficial. Os detalhes foram acrescentados aqui, em uma frase, mas o grosso da mensagem já tinha sido capturada na manchete.

Agora compare ao leitor que foi se “informar” na Folha de SP. Eis o que ele encontrou: “Militar francês atira contra homem com faca no Louvre, em Paris”. Quanta coisa falta nessa chamada! Quantas interpretações distintas o leitor pode ter! O foco, reparem, está no sujeito que reagiu, não no que atacou: “militar atira”, o que transfere a responsabilidade para a vítima. Em seguida, o sujeito “oculto”, o terrorista islâmico, vira apenas “homem”. Pode ser qualquer um! Pode ser um judeu, um cristão, um eleitor do Trump…

A Caneta Desesquerdizadora trabalhou em cima da matéria da Folha:

A manchete da Folha confunde mais do que elucida, pois deixa o essencial de fora: um terrorista muçulmano – mais um! – teve seu ataque frustrado pela bravura de um soldado patriota. Mas quem lê só a chamada não entende nada disso, pode pensar que um militar maluco simplesmente meteu bala num homem qualquer que portava uma faca, talvez de cozinha… A chamada não corresponde ao corpo da notícia:

Um soldado francês disparou na manhã de sexta-feira (3) contra um homem armado com uma faca na entrada do museu do Louvre, em Paris.

Ele tentou entrar em uma galeria comercial embaixo do museu carregando uma mala e atacou um outro soldado, que ficou levemente ferido, segundo a polícia. O soldado disparou cinco vezes e o suspeito —que não tinha explosivos— foi gravemente ferido. Seu nome e nacionalidade ainda não foram confirmados.

“Esta agressão é visivelmente um ataque terrorista”, afirmou o primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve. A região foi interditada, e o museu, fechado. Os visitantes que já estavam dentro do local foram mantidos ali durante a ação. Estações de metrô da região também foram fechadas.

É o “jornalismo” brasileiro desinformando, em vez de informar. Mas os leitores estão ficando bem cansados disso. Querem objetividade, sem medinho de confrontar o politicamente correto, de ser acusado de “islamofobia” só porque coloca os pingos nos is e dá nome aos bois. Aliás, por falar em nome, alguém quer apostar que o nome do “homem” com faca não é Smith ou Taylor?

O terrorismo islâmico tem nos “jornalistas” ocidentais grandes aliados, por excesso de covardia ou agenda política. Aqui, porém, sempre que um soldado impedir um ato terrorista ou um policial matar um bandido vagabundo o leitor já saberá o que aconteceu logo na chamada, com a devida ênfase no que é certo e o que é errado em cada situação. Deixo a tentativa de inversão por parte da grande imprensa…

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