12 de dez. de 2016

VIANAS TERIAM RECEBIDO MAIS DE 2 MILHÕES DA ODEBRECHT; TIÃO VIANA SERIA O "MENINO DA FLORESTA"


Para doar o montante, o funcionário da Odebrecht teria solicitado autorização do ex-ministro Antonio Palocci

Tião e Jorge Viana, ao lado do ex-presidente Lula, negam as acusações

O “Menino da floresta” não é o senador petista Jorge Viana, como foi amplamente divulgado pela imprensa nacional e local há alguns meses. Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo afirma que o codinome foi dado ao governador Tião Viana, que teria recebido R$ 2 milhões de reais da Odebrecht para sua campanha ao governo em 2014.


De acordo com a reportagem da Folha, o senador Jorge Viana, e seu irmão, governador Tião Viana, receberam dinheiro em espécie de um esquema da Odebrecht. Jorge teria recebido R$ 300 mil em dinheiro vivo, e Tião R$ 2 milhões.

O delator é um executivo da Odebrecht, que afirmou à Procuradoria-Geral da República ter se encontrado com Jorge Viana em 2014, no L’Hotel, em São Paulo, para acertar o pagamento. A data coincide com a eleição de Tião Viana ao governo do Acre.

O mesmo executivo, que não teve o nome revelado, afirma que o governador Tião Viana recebeu R$ 2 milhões de reais da Odebrecht, de caixa dois, para sua campanha a governador no ano de 2014.

“Menino da Floresta”

De acordo com o delator, o codinome “Menino da floresta” que apareceu na planilha “POSICAO – ITALIANO310712MO.xls” atrelada ao pagamento de R$ 2 milhões de reais, se referia à campanha de Tião Viana, mas o senador Jorge Viana teria feito as negociações.

Para doar o montante, o funcionário da Odebrecht teria solicitado autorização do ex-ministro Antônio Palocci, que segundo as investigações, seria também responsável pelos pagamentos ilícitos que a empreiteira fazia junto ao Partido dos Trabalhadores.

“Com o aval de Palocci, os R$ 2 milhões foram pagos pelo setor de Operações Estruturadas, a área da empresa responsável pelo pagamento de propinas e caixa dois”, diz um trecho da reportagem.

Ao ser questionado pela reportagem da Folha, Jorge Viana negou as acusações. “Posso afirmar desde já que não pedi ou recebi recursos ilegais. Até porque, em 2014, não fui candidato a cargo eletivo. Igualmente, jamais recebi qualquer doação eleitoral em espécie. Assim, considero absurdas as suposições”.

Já seu irmão, Tião Viana, ficou bastante irritado e prometeu tomar “todas as medidas judiciais”. “Nunca me reuni com pessoas canalhas bandidas, ou até de bem da Odebrecht, sequer para tomar cafezinho. Essa empresa nunca trabalhou com o Governo do Estado.”

E acrescentou: “Estou muito longe dessa podridão e essa podridão está muito longe de mim. Todas as medidas judiciais serão tomadas, imediatamente, após a veiculação covarde do meu nome, o que faço desde que ingressei na vida pública”, afirmou o petista.

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