21 de mar. de 2016

D. PEDRO II - MAIS UM POUCO SOBRE SUA HISTÓRIA


Foto Colorizada de D. Pedro II
“Estudos do IHGB e FGV entre 1992 e 2010, concluíram que se o reinado de Pedro II ou a continuação de seus planos por sua filha Princesa Isabel tivessem mais 12 anos de duração, 87% das favelas e por consequência 63% da violência e tráfico de drogas não existiriam na cidade do Rio de Janeiro e provavelmente em outras grandes metrópoles como São Paulo que emergiam na época.”

Em 1844, após uma grande seca D. Pedro II do Brasil, propôs as desapropriações das lavouras de café e o plantio das áreas para salvar os mananciais do Rio. Em 1846, começaram as desapropriações de sítios cafeicultores a pedido do Imperador D. Pedro II. Em 1860 foram criadas a Floresta da Tijuca e a Floresta das Paineiras.

Projeto idealizado por D. Pedro II, que pretendia recuperar toda a área com um vasto reflorestamento, em nome das nascentes dos principais rios que abasteciam a cidade como seu grande gosto pela ecologia e estudo da botânica.

Foi a maior recuperação ambiental de todo mundo no século XIX e a maior recuperação ambiental do Brasil até hoje.

Manuel Archer e Tomás da Gama, foram respectivamente seus administradores e, possivelmente, cerca de 1.000.000.000 bilhão de árvores sem ajuda de uma tecnologia não existente na época foram plantadas manualmente entre 1846 e 1860. De 1875 a 1888, o Barão Gastão H. de Escragnolle foi o responsável pela Floresta da Tijuca.

Após a proclamação da República em 1889 e até 1890, pouco se fez e a partir de 1890 ficou sob guarda do Ministério da Viação, posteriormente da Saúde e, depois, da Agricultura.

De 1943 a 1976, a parte da Floresta da Tijuca esteve sob a guarda e a fiscalização da Prefeitura do Distrito Federal, depois, do Estado da Guanabara e do Município do Estado do Rio. As demais florestas protetoras de mananciais permaneceram com o Ministério da Agricultura desde 1941 até a criação do Parque.

Talvez mais do que em qualquer outro Parque Nacional, no da Tijuca ressalta o reflexo sócio econômico que a vizinhança traz para o adensamento demográfico da urbe.

Possui cerca de 59,91 km², sendo o segundo menor Parque Nacional do Brasil. Porém o maior Parque ambiental Urbano do Mundo. A cidade do Rio de Janeiro é o único grande centro urbano que possui um parque florestal de dimensão nacional no mundo.

Porém sua fauna, flora e dimensões estão diminuindo a cada ano.

A urbanização desregrada, favelas, queimadas e desmatamento são os principais responsáveis pelo fim do Parque.
O Parque Nacional da Tijuca é atualmente apenas 36% da área original que D. Pedro II reflorestou.

Nas primeiras décadas de República a Floresta não recebeu nenhum tipo de cuidado e preservação.

Um dos fatos mais interessantes que explicam uma grande parcela dos 64% de Parque destruído foi a Proclamação da República em 1889.

Com a Abolição da Escravatura em 1888, onde citava que todo ex-escravo receberia uma ajuda de custo e benefícios do governo para começar sua nova vida de liberdade.

Entretanto devido a encargos e burocracias parlamentares esse tópico importante do processo da Abolição criada por Pedro II e assinada por Princesa Isabel foi adiado para um pouco mais de 1 ano após a Lei Áurea. Sendo que a Monarquia Parlamentarista foi derrubada em um Golpe Militar algumas semanas antes do plano de ajuda aos ex-escravos chegarem a suas mãos. Plano idealizado por D. Pedro II e sua filha Princesa Isabel, que inicialmente começaram com recursos próprios e suporte de amigos milionários da época como o Barão de Santa Vitoria e o Visconde de Mauá (que ao contrário do que muitos pensam, nunca foi inimigo da monarquia e muito pelo ao contrário, mesmo depois da falência manteve correspondências com Dona Isabel e D. Pedro II sobre os avanços abolicionistas).
Apenas 5 semanas dividiram o futuro daquelas pessoas e os nossos...

Isso resultou miséria, desigualdade social extrema e violência sem tamanho.

Os ex-cativos por toda a vida foram totalmente dependentes de seus donos, isso inclui alimento e moradia, sendo livres, essa dependência acaba tanto no lado monstruoso que foi a escravidão, mas também gerando novos problemas sociais que duram até os dias atuais.

Os negros libertos roubavam inicialmente para comer e para ter o mínimo de recursos para sobrevivência.

Estamos falando de uma época que ninguém daria emprego aos ex-escravos, principalmente pelo preconceito gerado de séculos de escravidão, onde até hoje percebemos vestígios.

A solução de moradia seriam lugares onde não fossem terras particulares e que estivessem próximas ao centro urbano para facilitar a procura e as chances de um emprego honesto ou até mesmo para os furtos.

As montanhas cercam e são extremamente próximas a cidade, eram áreas públicas, mas totalmente abandonadas no começo da República, lugar perfeito para a construção de pequenas moradias.

Não existiu nenhum controle por parte do governo a respeito das novas construções irregulares e muito menos a preocupação com quem iria habitá-las.

Os registros da cidade do Rio de Janeiro da Biblioteca Nacional deixam claro que as primeiras pequenas favelas surgiram justamente nesse período de transição do Império para a República.

Sem dúvida a degradação da Floresta da Tijuca seria muito mais branda se providências fossem tomadas naquela época.
Atualmente a população de milhões de pessoas residindo nessas terras impossibilitam a remoção das favelas e o reflorestamento da área.

Estudos do IHGB e FGV entre 1992 e 2010, concluíram que se o reinado de Pedro II ou a continuação de seus planos por sua filha Princesa Isabel tivessem mais 12 anos de duração, 87% das favelas e por consequência 63% da violência e tráfico de drogas não existiriam na cidade do Rio de Janeiro e provavelmente em outras grandes metrópoles que emergiam na época.

Fonte: IHGB e FGV

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