11 de dez. de 2014

CAMPANHA DE SIBÁ MACHADO RECEBEU R$ 120 MIL DE EMPRESAS ENVOLVIDAS NA LAVA JATO

 
Após ter o seu nome constado numa planilha apreendida pela policia federal em uma das ações da Operação Lava jato na sede da Construtora Camargo Correia, em São Paulo, alvo de investigação por suposto pagamento de propinas a políticos e funcionários da Petrobras em troca da obtenção de contratos superfaturados com a estatal, o ac24horas realizou uma pesquisa minuciosa e encontrou ligações do deputado federal Sibá Machado (PT) com mais empresas investigadas.

De acordo com a prestação de contas do parlamentar nas eleições deste ano, reeleito deputado federal por mais quatro anos, as maiores doadoras de sua campanha foram as empresas Engevix Engenharia e a Constutora OAS, envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato. As duas empresas fizeram duas transferências para a campanha do PT nacional e acreano no valor de R$ 120 mil e esses valores foram repassados para o comitê de campanha do petista. As doações das empresas são datadas de 8 de agosto de 2014.

Oficialmente, segundo dados do TSE, Sibá Machado arrecadou R$ 399 mil somando todas as doações de campanha. Ainda de acordo com o levantamento, o petista teve o mesmo valor em despesas, se elegendo a Câmara sem declarar divida com fornecedores.

Procurado para comentar o assunto, a assessoria do parlamentar informou que ele cumpre extensa agenda em Brasília, mas que daria um retorno em breve, o que não foi feito até o fechamento desta reportagem.

FIQUE POR DENTRO


EMPRESAS QUE DOARAM A SIBÁ ESTÃO ENROLADAS

Executivos da Engevix foram investigados na sétima fase da Lava Jato, deflagrada em novembro pela Polícia Federal. No mês passado, foram presos o vice-presidente, Gerson de Mello Almada, e os diretores Newton Prado Júnior e Carlos Eduardo Strauch – Júnior e Strauch já foram soltos, mas Almada continua detido na carceragem da PF em Curitiba (PR).

Em relação a Construtora OAS, a Policia Federal indiciou nesta semana doze funcionários de construtora envolvidas no esquema. Entre eles, o presidente da OAS, o engenheiro José Aldemário Pinheiro Filho, suspeito dos crimes de fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Além do presidente, foram indiciados o engenheiro civil Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; Mateus Coutinho Sá Oliveira, diretor financeiro da empreiteira; o engenheiro civil Pedro Morollo Junior; o advogado Alexandre Portela Barbosa; e o administrador de empresas José Ricardo Nogueira. Os indiciamentos foram feitos pela delegada Erika Mialik Marena.

SIBÁ E CAMARGO CORREIA

Mesmo com o nome na planilha da empresa Camargo Correia, a PF não faz nenhuma análise sobre o documento porque os políticos mencionados detêm foro privilegiado perante os tribunais superiores – no caso dos parlamentares, o Supremo Tribunal Federal (STF) detém competência exclusiva para abrir investigação. De acordo com o Jornal O Estado de São Paulo, não há nenhuma menção nas planilhas encontradas na empreiteira a um suposto caixa 2 ou pagamento de propinas. São nomes lançados ao lado de valores.

Sobre o assunto, Sibá afirmou não ter nenhuma ligação com a empresa investigada e nem seus representantes,  apesar de ter participado do Conselho Administrativo da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada em Rondônia, quem tem como sócia acionista no empreendimento a Construtora Camargo Correia. Na época, ele assumiu o cargo após Marina Silva deixar o Ministério do Meio Ambiente no governo Lula e assumir a vaga ocupada no senado ocupada por Sibá, na época suplente.

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