30 de mai. de 2011

EIS O PORQUÊ DE ESTAREM QUERENDO A REGULARIZAÇÃO DA MACONHA

Portal MS 
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Em uma reportagem especial, vamos mostrar como a cocaína atravessa as fronteiras no Brasil das drogas. Imagens exclusivas mostram a tática dos traficantes. Aviões voam baixo e arremessam as drogas em território brasileiro.

Em Mato Grosso, são 900 quilômetros de fronteira com a Bolívia. É uma imensidão para vigiar. Não basta apenas vigiar os acessos por terra.

Imagens feitas pela Polícia Federal mostram um avião que tinha acabado de sair da Bolívia. Segundo as investigações, o tráfico de cocaína tem sido feito cada vez mais pelo ar em pequenas aeronaves.

"Elas entram até 50 quilômetros no espaço aéreo nacional e não ficam mais que meia hora no Brasil”, conta o delegado da Polícia Federal Éder Magalhães.

A Justiça autorizou a gravação de telefonemas da quadrilha investigada. Em um deles, o piloto, que foi buscar a droga na Bolívia e o traficante baseado no Brasil, acertam os detalhes da entrega.

Piloto: Estamos chegando após o almoço, já pode ficar lá.
Traficante no Brasil: Então está tudo tranquilo. Um abração.
Piloto: Calma, calma, calma! Vamos combinar direito. Só quero saber de você quantas pessoas vão estar lá e em que carro que vão estar.
Traficante no Brasil: Nós vamos estar em três e eu vou estar em uma Corsa prata.
Piloto: Não leva mais que isso, nem troca de carro.
Traficante no Brasil: São três, e os três de boné.

Na maior parte das vezes, o avião nem pousa no Brasil. “Há o arremesso do entorpecente e essa droga é resgatada pelos traficantes do território nacional e armazenada em fazendas”, conta o delegado Éder Magalhães.

A 40 quilômetros da Bolívia, a região é uma base de lançamento dos traficantes. Quer dizer, os aviões vêm do país vizinho transportando a cocaína e lançam nas fazendas da região.

“Tem pequenas fazendas que, metade está na Bolívia, metade está em território brasileiro”, afirma o delegado. “Narcotraficantes de outros estados vêm para a região e acabam adquirindo propriedades”, completa um agente da policia federal.

Para fugir da fiscalização, os aviões do tráfico voam baixo. No início de março, um bimotor caiu depois de bater na copa das árvores. Era tripulado por um brasileiro e um boliviano, que foram presos. Eles levavam 560 quilos de cocaína.

Segundo a polícia, o tráfico dobrou na região. Desde janeiro já foram apreendidas duas toneladas e meia de cocaína. Em 2010, foram cinco toneladas. Em três meses de 2011, o volume de apreensões equivale ao de seis meses de 2010.

“Ao todo, 80% do que é produzido na Bolívia são deslocados para o Brasil, que consome 80% dessa produção”, diz Antônio Ibanez, tenente-coronel da Polícia Militar em Mato Grosso.

A cocaína jogada nas fazendas segue por terra para os grandes centros do país. "As mulas, pessoas contratadas para carregar a droga a pé, por dentro de fazendas", afirma um agente da Polícia Federal.

Depois, de carro, os traficantes pegam estradas secundárias. Uma das rodovias dá acesso ao país vizinho. A dois quilometros do local, existe um posto de fiscalização, mas os traficantes usam uma estrada vicinal, que dá acesso às fazendas da região para desviar da fiscalização.

A droga é acumulada em caminhões que se dirigem para o Sul e para o Sudeste. Um dos caminhões foi descoberto em Cuiabá, também em março. Em um fundo falso havia quase uma tonelada de pasta base de coca. Refinada, a droga chegaria a dez toneladas.

A policia diz que qualquer cocaína apreendida hoje em Mato Grosso pode ter chegado em um desses aviões. A vigilância do espaço aéreo cabe a Força Aérea Brasileira (FAB), que tem base em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a 400 quilômetros da fronteira. “Até acionar a defesa aérea e chegar aqui, eles já deram meia volta e já estão na Bolívia novamente”, diz o delegado.

A FAB assegura que os aviões não ficam em terra, pousados. Eles patrulham toda a região e em minutos podem abordar um avião suspeito.

“Nós estamos surpreendendo os bandidos narcoraficantes através dessas ações. Se eles imaginam que nós vamos levar duas horas para chegar em determinado ponto, eles estão muito enganados, porque nós já estaremos naquele ponto antes de ele entrar no espaço aéreo brasileiro”, completa um representante da Aeronáutica.

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