21 de jul. de 2010

POLÍCIA BOLIVIANA APREENDE PRODUÇÃO DE BRASILEIROS E CLIMA É TENSO NA FRONTEIRA


Alexandre Lima - A situação de acreanos que moram no lado boliviano, na divisa com o município de Plácido de Castro, está ficando complicada nos últimos dias. Após denúncias por parte de políticos brasileiros, segundo as quais moradores da região de Capixaba estariam formando milícias para combater bolivianos, a expectativa é de que ocorrer uma tragédia de grandes proporções.

Neste final de semana alguns acreanos passaram maus momentos após policiais bolivianos tentaram apreender sua carga de açaí, além de deter dois caminhões, um com placas bolivianas e o outro, brasileiras.

A confusão teria sido causada por um desentendimento entre o presidente de uma associação de produtores da região próximo à fronteira. Segundo o relatado de testemunhas, os policiais foram acionados e chegaram a invadir a propriedade.

Toda a produção de açaí do brasileiro e parte de seus equipamentos (moto-serras e furadeiras) foram apreendidos. Alguns moradores vizinhos, que souberam da ação da polícia boliviana, quiseram retomar tudo, invadindo o comando no vilarejo, mas uma negociação impediu que isso ocorresse.

Os denunciantes, após saberem que os colonos revoltados iriam até suas casas, fugiram temendo o pior. O brasileiro levou documentos que permitiriam seu trabalho em terras bolivianas, mas assim mesmo tudo foi levado pelo representante do órgão que cuida desses casos (como o Ibama) e policiais bolivianos para a Comunidade 1º de Maio, distante cerca de 65 km do vilarejo de Santa Rosa, na fronteira do Acre.

Segundo foi informado, a extração de produtos florestais po brasileiros está proibida, o que impede a sobrevivência de muitas famílias que moram há muitos anos na faixa de fronteira, dentro dos 50 km permitidos. Contam ainda que toda a ação dos policiais e membros do governo boliviano é comandada pelo ministro do Governo, Ramon Quintana, nomeado para cuidar da região.

Foi informado ainda que haverá um grande encontro no dia 24 de julho na comunidade de Santa Rosa, com várias autoridades e políticos, durante o qual serão discutidos vários assuntos. Foi apurado também que um dos moradores estaria loteando suas terras para ir embora, em protesto ao que está acontecendo na região e por temer um confronto de grandes proporções.
A Tribuna

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