26 de out. de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES VALDOR DO Ó CONCEDE UMA ENTREVISTA A ESSE BLOG, E CONTA SUA VERSÃO DE SUA EXPULSÃO DO PT.




1- Quando e como começou o desgaste com o PT?

Foi em 2004, ao disputar a primeira eleição pelo PT, em 2004, fui um dos candidatos mais votados. Logo após a eleição começou as negociações para Eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Tarauacá, sendo o meu nome o indicado pelo PT, tanto municipal como regional, em todas as reuniões e negociações sempre o meu nome estava à frente para ser o candidato a Presidente da Casa. Porém, no dia da eleição e posse o Vereador Ezi Aragão – PT se candidatou pela oposição e ganhou a Presidência, contrariando o que o Partido havia decidido. Com tudo isso não foi tomada nenhuma providência.

2- Em 2006 o Senhor se candidatou novamente?

Sim, após dois anos de mandato do Vereador Ezi Aragão, houve nova eleição para escolha da nova Mesa Diretora da Câmara, onde novamente houve negociação entre os partidos da
FPA - Frente Popular do Acre para que eu fosse o candidato, para surpresa de todos, o Vereador Hugo Júnior do PC do B se lançou candidato da oposição e venceu a eleição, contrariando novamente o acordo que foi feito, nenhum, entenda, nenhum dos Vereadores que contrariou as negociações e as decisões partidárias foi punido.

3- Sua vontade de ser Presidente da Câmara pode ser comparada a que?

A um sonho que agora foi realizado.

4- Por isso o Senhor se sentiu tão lesado?

Agora eu te pergunto: Seria diferente com alguém que me critica?

5- E depois o que aconteceu?

Bom, na eleição de 2008 fui candidato a reeleição pelo PT, apoiando os candidatos majoritários da FPA - Frente Popular do Acre. Ganhei a reeleição e então vi que estava na hora de mostrar que dessa vez não iriam me passar pra trás, poxa também sou da lida, vim do campo, não quero me comparar a Chico Mendes, mas por que também não posso almejar sonhos maiores, ou será que a Frente só usa mesmo o nome do Chico como falam por ai?

6- Ou seja, estava na hora do senhor se impor?

Sim!
Veja bem, em momento algum fui procurado pela coligação para demonstrar apoio a minha candidatura. Somente quatro dias antes da eleição da Mesa Diretora foi feita uma reunião para fechar um acordo para a eleição, porém não compareceram todos os Vereadores, principalmente o vereador do PC do B, o que me deixou desacreditado que fosse fechado algum acordo se as pessoas principais não se encontravam na reunião.
Na Véspera da eleição recebi um telefonema do Senhor Leonardo de Brito, dizendo que o Deputado Moisés Diniz tinha 02 votos para mim e eu falei a ele que tinha dúvidas, pois eu estava convivendo com todos eles aqui e todos queriam ser Presidente, sem contar que o P C do B só tinha um Vereador, ou seja, um voto, pois o Vereador Hugo Júnior estava cassado sem direito até de tomar posse.

7- Como se deu a ligação com a oposição?

Da mesma forma que nas vezes passadas. Simples não!
Como já haviam ocorrido duas eleições da Mesa Diretora com a oposição e nada foi feito, fui convidado pela mesma oposição par ser o Presidente da Câmara, aceitei, conversei com meu companheiro de Partido e concordamos que ficaríamos juntos seja qual fosse à situação. Então quando vi que a nossa coligação tinha mais candidato do que voto eu decidi optar pela oposição para me apoiar como candidato a Presidente juntamente com meu companheiro de Partido, Vereador Ezi Aragão e fizemos a Mesa Diretora da Câmara.

8- E Quais foram às conseqüências?

Após tomar posse, soube que o PT estava instaurando uma Comissão de Ética para punir a mim e ao Vereador Ezi Aragão, que me apoiou, mas estava totalmente irregular e os membros que estavam compondo a Comissão resolveram sair da mesma. Sendo assim foi encaminhado o Processo para a Regional do PT que tomou a decisão sem sequer nos ouvir, baseados somente no que estavam sabendo. Na decisão final o Partido usou dois pesos e duas medidas para o mesmo caso, gerando no mínimo preconceito para com minha pessoa, pois fui expulso do PT, enquanto meu companheiro foi somente punido, conforme sugestão do Senhor Carioca, pelo que ficou claro é ele que dá as cartas, o verdadeiro Imperador II do PT.

9- O Senhor sente falta do PT?

Não! Porque o PT nunca foi presente aqui e principalmente comigo, o PT nunca me ajudou em nada, por isso não posso sentir falta do que nunca tive.
O PT aqui de Tarauacá virou um partido eleitoreiro que só se movimenta em época de eleição, não propõem uma ação, você não vê absolutamente nada.
Além do que, dentro dele não se pode ter opinião própria, veja o que aconteceu com o Deputado Henrique Afonso.

10 - A que o Senhor atribui isso?

Falta de mudanças, o Partido aqui corre muito frouxo. Acredito que fui iludido assim como outros, acho mesmo que fui ingênuo, mas é porque de fora você imagina uma coisa e quando entra é outra completamente diferente.

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